Esta semana li no blog A Ervilha Cor de Rosa um
post sobre mosaicos hidráulicos.
Se há uns anos atrás me afastava deles,
actualmente olhar para um chão (ou parede!) de mosaico hidráulico tem um
fascínio incrível para mim.
Mas afinal o que é o mosaico hidráulico e qual a sua história? É um
tipo de revestimento artesanal feito à base de cimento solidificado por meio de
prensas. O mosaico hidráulico teve o seu apogeu entre o fim do século XIX e
meados do século XX. A sua origem remonta a 1850 no sul de França, mas difundiu-se
em larga escala por Espanha, Itália, Inglaterra e Portugal. Era popular pela
sua resistência e qualidades decorativas que permitiam contar autênticas
histórias, mas era considerado exclusivo da alta sociedade da época pelo seu
fabrico exclusivamente manual.
Com a industrialização dos anos 60 do século passado foi
progressivamente substituído pelo aparecimento de outros materiais menos
elaborados e mais rentáveis. Acabou por cair em desuso e quase desapareceu. No
entanto, nos últimos anos assistimos ao seu resgate ao ser utilizado na
arquitectura contemporânea com apontamentos retro e, consequentemente, uma nova
fase de grande fabrico do mesmo. Claro que este novo impulso, como tão bem
referiu Rosa Pomar no post “mosaico hidráulico 2.0”, este novo impulso traz consequências boas e más. O bom? O novo impulso que a
moda do vintage e do retro lhe dá, traz cada vez mais adeptos e cada vez mais
fabricantes e, invariavelmente, mais opções.
O mau? As imitações de má
qualidade em que o padrão é impresso.
O verdadeiro mosaico hidráulico continua a ter que ser produzido como o era
originalmente uma vez que, apesar dos avanços tecnológicos, ainda não
é possível reproduzir industrialmente as cores, o acabamento mate e a textura
suave do mosaico artesanal.
Marta.
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